quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Não sei como explicar.

Aterrar em Portugal. Ouvir toda a gente a falar, não ter que fazer qualquer esforço, nenhum, para perceber o que dizem ou para falar, ouvir a sonoridade da lingua portuguesa, tão diferente da lingua que ouço todos os dias. Olhar à volta e conhecer quase todas as caras dos cartazes de publicidade.  Conhecer as marcas, todas. Ler as placas na rua e o que está escrito fazer sentido, as palavras. Apanhar o metro, o autocarro ou o comboio sem grandes dificuldades, porque sabemos como funciona, desde sempre. Ver as montras das pastelarias cheias de pasteis, aqueles que vimos toda a vida, mas que nem dávamos por isso. Ir ao supermercado e ter as nossas marcas, querer comer todas aquelas coisas que durante o ano não podemos, querer levar tudo. Sentar no sofa e ver televisão e ver os apresentadores, os mesmos de antes. Encontrar pessoas que já não víamos aos anos na rua, mas que em alguma passagem da nossa vida fizeram parte dela. Voltar a dar de caras com a amabilidade portuguesa, em todo e por todo o lado. Tanta coisa e mais seria se continuasse a escrever, porque há mais, muito mais.

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